Questionario Sobre a Revolução Francesa

sábado, 21 de agosto de 2010



1-O que foi a Revolução Francesa?
Revolução Francesa era o nome dado ao conjunto de acontecimentos que, entre 5 de Maio de 1789 e 9 de Novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha e se encerra com o golpe de estado do 18 Brumário de Napoleão Bonaparte. Em causa estavam o Antigo Regime (Ancien Régime) e a autoridade do clero e da nobreza. Foi influenciada pelos ideais do Iluminismo e da Independência Americana (1776). Está entre as maiores revoluções da história da humanidade.
2)O que representou para o processo histórico esta Revolução?
A Revolução é considerada como o acontecimento que deu início à
Idade Contemporânea. Aboliu a servidão e os direitos feudais e proclamou os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité, Fraternité), frase de autoria de Jean-Jacques Rousseau. Para a França, abriu-se em 1789 o longo período de convulsões políticas do século XIX, fazendo-a passar por várias repúblicas, uma ditadura, uma monarquia constitucional e dois impérios.
3)O que foi o Iluminismo?
A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na França, onde influenciou a Revolução Francesa através de seu lema: Liberdade, igualdade e fraternidade. Também teve influência em outros movimentos sociais como na independência das colônias inglesas na América do Norte e na Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil. Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero. Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois, apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões políticas devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha todos os poderes. Uma outra forma de impedimento aos burgueses eram as práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões econômicas. No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios, uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que impediam a expansão comercial para a classe burguesa.
4)Quem foi Robespierre?

Maximilien François Marie Isidore de Robespierre (6 de maio de 1758, Arras 28 de julho de 1794, Paris), advogado e político francês, foi uma das personalidades mais importantes da Revolução Francesa.Os seus amigos chamavam-lhe "O Incorruptível". Principal membro dos Montanha durante a Convenção, ele encarnou a tendência mais radical da Revolução, transformando-se numa das personagens mais controversas deste período. Os seus inimigos chamavam-lhe o “Candeia de Arras”, “Tirano” e “Ditador sanguinário” durante o Terror

5)Cite três e explique um pensador iluminista.

John Locke (1632-1704), Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), Voltaire (1694-1778)

John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do liberalismo e do iluminismo. Nasceu em 29 de agosto de 1632 na cidade inglesa de Wrington.

Locke teve uma vida voltada para o pensamento político e desenvolvimento intelectual. Estudou Filosofia, Medicina e Ciências Naturais na Universidade de Oxford, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior da Inglaterra. Foi também professor desta Universidade, onde lecionou grego, filosofia e retórica.

No ano de 1683, após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, foi morar na Holanda, retornando para a Inglaterra somente em 1688, após o restabelecimento do protestantismo. Com a subida ao poder do rei William III de Orange, Locke foi nomeado ministro do Comércio, em 1696.Ficou neste cargo até 1700, onde precisou sair por motivo de doença.

Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex (Inglaterra). Nunca se casou ou teve filhos.
Empirismo filosófico de Locke
Para John Locke a busca do conhecimento deveria ocorrer



através de experiências e não por deduções ou especulações. Desta forma, as experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo. O empirismo filosófico descarta também as explicações baseadas na fé.

Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As experiências que esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e personalidade. Defendia também que todos os seres humanos nascem bons, iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela formação do indivíduo.

Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo filósofo Thomas Hobbes. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este deve respeitar as leis natural e civil.

Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade religiosa, recebendo por estas idéias forte oposição da Igreja Católica.

Para Locke, o poder deveria ser dividido em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. De acordo com sua visão, o
Poder Legislativo, por representar o povo, era o mais importante.

Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um defensor da escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam ser mortos, mas como suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade pela escravidão.


Principais obras de John Locke

- Cartas sobre a tolerância (1689)
- Dois Tratados sobre o governo (1689)
- Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)
- Pensamentos sobre a educação (1693)



Frases de John Locke



- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão é geral."
- "A leitura fornece conhecimento à mente. O pensamento

6 Quais foram às fases da revolução?

Primeira fase (1789 - 1792)
Implantação da Monarquia Moderada

Luís XVI convocou a Assembléia dos "Estados Gerais" para solucionar a crise financeira da França (5-Maio-1789). O "O Terceiro Estado" não concorda com sistema de votação, e se auto-proclama Assembléia Nacional Constituinte tendo como meta elaborar uma Constituição para a França (17-Junho-1789). A situação agravou-se para o Rei, não discutida a questão financeira e, em lugar dos "Estados Gerais", instalara-se uma Assembléia Nacional Constituinte; paralelamente, o povo protestava contra a elevação dos preços dos gêneros alimentícios, iniciando saques em castelos, e, mosteiros e realizando em represália a Tomada da Bastilha (14-Julho-1789). A Assembléia Nacional aprovou a abolição dos antigos privilégios de classe (4-Agosto-1789). A Assembléia Nacional aprovou os Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, cujo os princípios de Liberdade, Igualdade e fraternidade. A Assembléia Nacional elaborou a primeira Constituição, instalando em conseqüência a Monarquia Constitucional na França (14-Setembro-1791). As decisões da Assembléia Nacional em sua maioria não foram executadas; o povo revoltado ameaçou a família real. O Rei perdeu a confiança do povo: havia investigado uma intervenção da Áustria a seu favor (a Rainha, Maria Antonieta era austríaca ); não concordara com a decisão da Assembléia de obrigar os nobres que emigraram a voltar a França sob pena de perde bens ; finalmente o Rei Luís VXI tentou fugir da França .

Segunda fase (1792 - 1794)Governo Radical Republicano

Em Paris foi organizada a Comuna Insurrecional sob direção de líderes populares ( Marat, Danton, Hebert) e foi estabelecido um Conselho Executivo Provisório (9-Setembro-1792); a Convenção Nacional declarou abolida a Realeza e implantou a República (21-Setembro-1792); as disputas pelo poder dentro da Convenção Nacional levaram a formação de 3 grupos políticos - a Montanha, representado as classes trabalhadoras , disposta a prosseguir a Revolução a qualquer custo; a Gironda, representando a burguesia , interessada em deter a Revolução, para evitar a desorganização interna que ameaçava as atividades econômicas; e a Planície, votando ora com um, ora com outro grupo. A situação interna continuava difícil: falta de gêneros alimentícios, subida de preços e rebeliões populares; o Rei foi sentenciado á morte na guilhotina (21-Janeiro-1793); o poder na Convenção Nacional foi dominado pelos membros da Montanha, que estabeleceram o Governo Ditatorial (2-Junho-1793), realizando prisões e execuções em massa; as realizações positivas do governo Ditatorial foram: abolição definitiva dos privilégios de classe, tabelamento de preços , elaboração de normas visando as possibilidades de educação
extinção das rebeliões internas, organizada força militar para enfrentar a ameaça externa; a violência usada durante o governo ditatorial determinou a sua queda devido aos excessos de Robespierre, Chefe do Governo (27-Julho-1794). O período do Governo Ditatorial é conhecido como "Época do Terror".

Terceira fase (1794 - 1799)
Governo Conservador Republicano
Com a queda de Robespierre iniciou-se a terceira fase da Revolução. O poder, que estivera com os líderes populares na segunda fase da Revolução, passou novamente as mãos da burguesia; com a elaboração de uma nova Constituição de 1795 instalou-se a fase do Diretório em que o poder executivo ficou nas mãos de 5 "diretores" e o poder legislativo nas mãos de dois órgãos o Conselho dos Quinhentos e o Conselho dos Anciãos; o Diretório procurou eliminar os grupos que lutavam pela restauração da monarquia e os grupos revolucionários de tendências radicais. O Diretório desinteressou-ser pelos graves problemas das classes mais baixas, nada realizando para prosseguir as reformas de caráter social; a guerra passou de defensiva para ofensiva tornando-se a maior preocupação do Diretório, pois a recuperação financeira do país dependia do recebimento pelo Estado dos tributos provenientes dos territórios ocupados pelos franceses; o Diretório dependia das vitórias do General Napoleão Bonaparte, ao mesmo tempo que o Diretório ia perdendo prestígio pela sua fraqueza, o General Napoleão Bonaparte se tornava ídolo popular. O General Napoleão Bonaparte aproveitou-se da situação para derrubar o Diretório e instalar-se na França um governo sob sua liderança - o Consulado (9-Novenbro-1799).
7)Quem eram os Girondinos, Jacobinos e Montanheses?
Girondins era a denominação de um grupo político moderado, chefiado por Jacques-Pierre Brissot (1754-1793) durante a Revolução Francesa. Compreendia junto com os Jacobins (liderados por Robespièrre) e Cordeliers (por Danton) o Terceiro Estado, e ocupavam o lado esquerdo da Assembléia, ficando o direito para o Clero (Primeiro Estado) e Aristocracia (Segundo Estado). Defendiam uma Monarquia Constitucional e se enfraqueceram politicamente com a tentativa de fuga de Louis XVI. A conotação política dos termos Esquerda e Direita provém desta divisão inicial da Assembléia Nacional Francesa. Os Girondins tinham em seus quadros representantes da alta, média e baixa burguesia.
jacobinismo, também chamado jacobismo, teve uma significação diferenciada e evolutiva ao longo dos tempos. Originalmente, um jacobino era um membro do Clube Jacobino, clube maçónico francês com representação nos Três Estados e, depois, na Assembleia Nacional Francesa. No seu início, nos finais do século XVIII na França, a expressão era geralmente aplicada de forma pejorativa a qualquer corrente de pensamento que, para quem aplicava o termo, fosse defensora de opiniões revolucionárias extremistas! O termo era em geral atirado por pessoas que defendiam a democracia, contra esquerdistas radicais que pregavam a ditadura paradoxalmente para impor pela força a própria democracia. Os primeiros jacobinos, setecentistas, eram pequeno-burgueses ainda muito ligados às suas origens rurais e pobres, com pensamentos políticos e sociais radicais (queriam o extermínio dos nobres).
A Montanha (os Montanheses) foi um grupo político na Convenção Nacional.Durante a Revolução Francesa, os deputados da Assembléia Nacional Legislativa de 1791 que ocupavam os bancos mais elevados da Assembléia (a "Montanha"), tomaram o nome de Montanheses, enquanto os deputados dos bancos mais baixos receberam o nome de "Planície" ou de "Marais" (em francês).Favoráveis à República, dominados por Georges Danton, Jean-Paul Marat e Maximilien de Robespierre, os Montanheses conheceram seu apogeu na primavera de 1793, com 300 deputados na Assembléia Nacional, na maior parte eleitos pelo departamento do Sena e de grandes cidades. Hostis à Monarquia, favoráveis a uma democracia centralizada, os Montanheses, próximos à pequena burguesia, apoiavam-se nos Sans-culottes e combatiam os Girondinos, representantes da burguesia abastada, que conseguiram derrubar do poder em 2 de Junho de 1793.
8 Por que podemos dizer que a Revolução devorou os seus próprios filhos?
Pode-se dizer a frase pois todos aqueles que lideraram a revolução de alguma maneira foram alem daquilo que foi previsto e acabaram morrendo devido aquilo que lutavam a pensamento e atitudes não previstas .
9 Quem foi Marat?

Jean-Paul Marat (24 de Maio de 1743 - 13 de Julho de 1793) foi um médico, filósofo, teorista político e cientista mais conhecido como jornalista radical e político da Revolução Francesa. Seu trabalho era conhecido e respeitado por seu caráter impetuoso e sua postura descompromissada diante do novo governo, Inimigos do Povo e reformas básicas para os mais pobres membros da sociedade. Sua persistente perseguição, voz consistente, grande inteligência e seu incomum poder preditivo levaram ele à confiança do povo e fizeram dele a principal ponte entre eles e o grupo radical Jacobino que veio ao poder em Junho de 1793. Por dois curtos meses, liderando para a queda da facção Girondina em Junho, ele era um dos três homens mais importantes na França, Juntamente com Georges Danton e Maximilien Robespierre. Ele foi apunhalado uma vez no coração com uma lâmina de seis polegadas enquanto estava dentro de sua banheira pela simpatizante Girondina Charlotte Corday. Marat cunhou o uso moderno da frase "inimigo do povo" e publicou extensas listas de tais inimigos em seu jornal, chamando-os para serem executados. O termo "inimigo do povo" foi posteriormente adotado pela Suiça durante o pequeno Expurgo na década de 1910 para rotular as pessoas acusadas de atividades contra-revolucionárias e crimes contra o Estados Unidos .

10)O que representou a queda da Bastilha para a Revolução?

A importância da Queda da Bastilha reside no fato de que a partir desse momento a revolução conta com a presença das massas trabalhadoras, deixando de ser apenas um movimento onde deputados julgavam que poderiam eliminar o Antigo Regime apenas fazendo novas leis.
A gravidade da crise econômica havia envolvido todo o país em uma situação caótica: os privilégios dados à nobreza e ao Alto Clero dilapidaram as finanças do país, situação ainda mais agravada com a participação da França na Guerra de Independência dos EUA em ajuda aos colonos e palas secas, responsáveis por uma crise agrária, que levava os camponeses miséria extrema e determinava o desabastecimento das cidades assim como a retração do comércio interno.

11)Quem eram os sans-cullotes?

Sans-Culottes (do francês "sem calção") era a denominação dada pelos aristocratas aos artesãos, trabalhadores e até pequenos proprietários participantes da Revolução Francesa a partir de 1771, principalmente em Paris. Recebiam esse nome porque não usavam os elegantes culottes, espécie de calções justos que apertavam no joelho que a nobreza vestia, mas uma calça de algodão grosseira. Na época da Revolução Francesa, a calça comprida era o típico traje da época usado pelos burgueses.

12)Explique os lemas da Revolução:

a) Liberdade· em filosofia, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva, liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a condição dos comportamentos humanos voluntários.
b) Igualdade· é a inexistência de desvios ou incongruências sob determinado ponto de vista, entre dois ou mais elementos comparados, sejam objetos, indivíduos, idéias, conceitos ou quaisquer coisas que permitam seja feita uma comparação.
c)Fraternidade é um conceito filosófico profundamente ligado às ideias de Liberdade e Igualdade e com os quais forma o tripé que caracterizou grande parte do pensamento revolucionário francês. Vale lembrar que dos três, foi o único que não esteve no lema Iluminista, que era "Liberdade, Igualdade, Progresso
13)O que foi a Convenção Nacional?
Em agosto de 1792, uma intensa mobilização popular destronou o rei, e depois de elaborar a Carta Magna francesa, a Assembléia Nacional Constituinte dissolveu-se. A Assembléia Legislativa substituiu a Constituinte. Ameaça de intervenção externa, crise econômica e inflação. Abril de 1792: Declaração de guerra à Áustria e à Prússia; exércitos inimigos chegam a ameaçar a cidade de Paris; ala radical proclama a “pátria em perigo” e distribui armas à população parisiense.Comuna de Paris assume o poder e exige da Assembléia o afastamento do rei. 10 de agosto de 1792: Parisienses atacam o palácio real, detêm o soberano e exigem que o Legislativo suspenda-o de suas funções.Esvaziada de seu poder, a Assembléia convoca a eleição de uma Convenção Nacional. A revolução entrou numa fase radical. As primeiras medidas tomadas pela Convenção foram a Proclamação da República e a promulgação de uma nova Constituição (21 de setembro de 1792). Eleita sem a divisão dos eleitores em passivos e ativos, a alta burguesia monarquista foi derrotada. A Convenção contava com o predomínio dos representantes da burguesia. Entre os revolucionários de 1789, houve divisão. A grande burguesia não queria aprofundar a revolução, temendo o radicalismo popular. Aliada aos setores da nobreza liberal e do baixo clero, formou o Clube dos Girondinos. O nome "girondino" (do francês girondin) deve-se ao fato de Brissot, principal líder dessa facção, representar o departamento da Gironda e de seus principais líderes serem provenientes de lá. Eles ocupavam os bancos inferiores no salão das sessões. Os jacobinos (do francês jacobin) — assim chamados porque se reuniam no convento de Saint Jacques — queriam aprofundar a revolução, aumentando os direitos do povo; eram liderados pela pequena burguesia e apoiados pelos sans-culottes, as massas populares de Paris. Ocupavam os assentos superiores no salão das sessões, recebendo o nome de montanha. Seus principais líderes foram Danton, Marat e Robespierre. Sua facção mais radical era representada pelos raivosos, liderados por Jacques Hébert, que queriam o povo no poder. Havia ainda um grupo de deputados sem opiniões muito firmes, que votavam na proposta que tinha mais chances de vencer. Eram chamados de planície ou pântano. Havia ainda os cordeliers (camadas mais baixas) e os feuillants (a burguesia financeira).
As modernas designações políticas de direita, centro e esquerda surgem neste momento: com relação à mesa da presidência identificavam-se à direita os girondinos, que desejavam consolidar as conquistas burguesas, estancar a revolução e evitar a radicalização; ao centro, a Planície ou Pântano, grupo de burgueses sem posição política definida; e à esquerda, a Montanha, composta pela pequena burguesia jacobina que liderava os sans-culottes, e que defendia o aprofundamento da revolução.Dirigida inicialmente pelos girondinos, a convenção realizava uma política contraditória: era revolucionária na política externa — ao combater os países absolutistas — mas conservadora na interna — ao procurar se acomodar com a nobreza, tentar salvar a vida do rei e combater os revolucionários mais radicais. Nesse primeiro período, foram descobertos documentos secretos de Luís XVI, no Palácio das Tulherias, que provaram o seu comprometimento com o rei da Áustria. O fato acelerou as pressões para que o rei fosse julgado como traidor. Na Convenção, a Gironda dividiu-se: alguns optaram por um indulto, outros pela pena de morte. Os jacobinos, reforçados pelas manifestações populares, exigiam a execução do rei, indicando o fim da supremacia girondina na Revolução.
14) O assassinato de Marat por Charlotte Corday, representou o que para o processo da revolução?
Na data de hoje, em 1793, Charlotte Corday assassinou Marat, um dos líderes da revolução francesa. Comprou um faca no Palais Royal no começo da manhã e se dirigiu à casa do líder jacobino, localizada no faubourg Saint-Germain. Não conseguiu ser recebida senão às 17 horas, depois de iniciar um pequeno tumulto, dizendo ter revelações a fazer a Marat sobre a insurreição federalista que estava acontecendo na Normandia, naquele momento. Marat recebeu-a no banheiro, cena estranha, imortalizada na memória social. Corday era uma idealista, que se opunha ao regime do Terror, instaurado pelos jacobinos e defendido por Marat desde o mês de março desse ano. Foi imediatamente presa, julgada e executada. O fato deu início a um acirramento do regime, o chamado Grande Terror. Os girondinos passaram a ser perseguidos e mortos e os clubes femininos foram proibidos
15 Cite e identifique os três Estados Nacionais na França revolucionária.
A sociedade francesa, na época, estava dividida em três partes, conhecidas como Estados:

• Primeiro Estado - era o clero francês e estava dividido em alto e baixo. O alto clero era composto por elementos vindos das ricas famílias da nobreza, possuindo toda a sorte de privilégios, inclusive o de não pagar impostos. O baixo clero era o pobre, estando ligado ao povo em geral e não à nobreza, como o primeiro.


• Segundo Estado - era a nobreza em geral. Os privilégios eram incontáveis, sendo que o mais importante era a isenção de impostos. Ha que se salientar aqui que a nobreza também estava dividida: a nobreza cortesã, que vivia no palácio, e outros setores da nobreza, que viviam na corte, recebendo pensões do Rei, onerando os seus castelos, no campo, as custas do trabalho de seus servos. À medida que a crise aumentava, essa nobreza que viviam no campo aumentava a pressão sobre seus servo, favorecendo o clima de insatisfação.

• Terceiro Estado - era constituído de todos aqueles que não pertenciam nem ao Primeiro nem ao Segundo Estado. Afinal, o que era o Terceiro Estado?
16) Explique no mínimo em 10 linhas o que voce aprendeu com o documentário?
A Revolução Francesa foi um importante marco na História Moderna da nossa civilização. Significou o fim de muitos sistemas e dos privilégios da nobreza. O povo ganhou mais autonomia e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhorou. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. A Revolução Francesa também influenciou, com seus ideais iluministas, a independência de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.
Portanto pode-se perceber que teve m grande significado em relação a independência própria tanto do país como das pessoas que ali moravam .